O aumento dos preços em Angola ultrapassou em Junho, no acumulado dos últimos doze meses, a meta definida pelo Governo para todo o ano de 2015, segundo a última informação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.
D e acordo com o relatório de INE sobre o comportamento da inflação até Junho, a variação homóloga dos preços situou-se em 9,61%, um aumento de 2,72 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2014, motivado pela crise decorrente da quebra na cotação internacional do petróleo.
Na prática, Angola viu reduzir a receita fiscal para metade e a entrada de divisas no país, agravando o custo das importações e o acesso a produtos, inclusive alimentares.
Estes dados do INE indicam que analisando a situação a meio do ano já foi ultrapassado o intervalo para a inflação previsto pelo Governo angolano no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015, revisto em Março precisamente devido à crise petrolífera.
Ainda segundo dados do INE angolano, esta taxa de inflação a doze meses representa um máximo de mais de dois anos.
A Lusa noticiou na quarta-feira que, segundo o Banco Angolano de Investimento (BAI) Europa, a crise que afecta Angola deverá comprometer as metas do Governo de manter a inflação abaixo dos 9% em 2015.
A situação é explicada no boletim daquele banco sobre o comportamento da economia angolana no terceiro trimestre com as consequências da crise da quebra da cotação internacional do barril de crude.
“É agora expectável, com o maior deslizamento cambial, uma aceleração dos preços, afigurando-se razoável admitir, desde já, a impossibilidade de cumprir o objectivo anual da inflação que, segundo a proposta de Revisão do OGE, não deveria exceder 9%, em média anual”, escrevem os analistas do BAI Europa.
A posição é justificada também com base no ‘mix’ de políticas – orçamentais, cambiais, monetária e outras -, preparado pelo Governo para lidar com as dificuldades, nomeadamente de acesso a divisas. Dizem os especialistas daquele banco – cujo grupo é um dos maiores em Angola – que “uma das consequências prováveis” destas medidas “deverá fazer-se sentir ao nível dos preços no consumidor, devido ao peso dos produtos importados nas despesas de consumo das famílias”.
O boletim do BAI Europa recorda que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 1,2% só em maio, apresentando assim o valor mensal “mais elevado desde Dezembro de 2011”.
Não adianta falar do PIB nem da Economia, nem do preço do petróleo nem do preço dos combustíveis!!! Os angolanos precisam de uma solução rápida e eficaz. Os maus gestores, corruptos e egoístas que estiverem a frente deste país nem souberam esconder as suas façanhas e rabos presos, agora exigimos que tomem medidas no sentido de melhorar isto, porque está mesmo mal. Onde já se viu um saco de arroz de 25 Kg a custar 3800 Kwanzas (76USD)??? Onde já se viu uma caixa de frango custa 4200 Kwanzas ((84USD)??!!! Isto está insuportável!!!